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Allegro - 6ªFeira, 28 Novembro 2014. Fisher Panda.



Desta vez não teve graça.
Eram cerca de 18 horas. O gerador estava a trabalhar há cerca de 1 hora, agora com um ruído estranho e diferente do habitual.
Por baixo dos paneiros, era só água!
Não sabíamos se era doce ou salgada. Estava por baixo do salão, a meio e dos lados, na casa das máquinas, na zona do corredor da cozinha, e, menos, nos camarotes de BB e EB, e no WC da proa.
Não tinha gasóleo, mas tinha uma tonalidade cinzenta escura e um sabor salgado.
A casa das máquinas, essa, estava francamente quente, com uma atmosfera fumarenta, densa e húmida.
Depois de esvaziada toda aquela água, e de verificarmos que não se refazia, começámos a ficar mais sossegados.
Tudo fazia pensar tratar-se de um problema com o gerador (entretanto, logo desligado). Mas dentro da sua caixa, tudo estava bem.
Foi uma lanterna que nos mostrou um gotejar por baixo da panela de escape do gerador, que, depois de se ligar novamente o gerador, se transformou num jorro de água sob pressão.

Tudo estava molhado e escorregadio.
Nada parava quieto, nem nós.

Depois de acabarmos de esgotar a água que se encontrava em locais mais escondidos, o saldo era o seguinte:
1) Impossibilidade de utilizarmos o gerador para carregar baterias ou produzir água com o dessalinizador;
2) Contenção de energia - desligar definitivamente o congelador, que vinha a trabalhar mal desde há algum tempo; desligar o frigorífico; reduzir ao mínimo o consumo da electrónica e da iluminação;
3) Ausência de pressão na canalização da água por avaria das duas bombas de água.

Em poucos segundos, 1000 milhas que nos pareciam já poucas (e que íamos festejar ao jantar), tinham-se transformado numa dor de cabeça.
Não era isto o combinado!…

Faltava esclarecer porque é que o nível do gasóleo tinha baixado tanto.
Depois do transvase de 3 jerricans (com a luz do dia já quase inexistente), fomos finalmente jantar.
Cozinhados sempre de alto nível. Desta vez, foi uma “canja fingida”, para ser fácil de cozinhar e de comer!…

Felizmente, há reserva grande de água potável a bordo, o vento continua regular, e o mar está finalmente mais sossegado.
Para usar água doce, utiliza-se a bomba de pé do lavatório do WC da proa.
A loiça lava-se com água salgada, graças à bomba instalada no lava-loiças.

LA + MA

Pensei sempre que o Fisher Panda (o gerador…) nos poderia vir a dar problemas. Até constituía já uma piada entre nós. Afinal, o coitado estava inocente! A culpada foi a panela do escape dele!

Pregou-nos um bom susto, esta brincadeira.
Quando o Luís levantou o paneiro da sala e vimos a água sob o chão do salão e a chegar já ao nível dele, aquela massa de água oscilando de um lado para o outro com os movimentos do barco, no meio do oceano, a 1000 milhas da costa… Metia muito respeito. Foi um momento emocionante!

Felizmente, encontrou-se a causa, e o remédio é só (!) não ligarmos mais o dito Fisher Panda!…

MA

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